quarta-feira, 4 de agosto de 2021

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - O QUE É ?


ASPECTOS LEGAIS E PEDAGÓGICOS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - AEE

O Brasil promulga a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU/2006), por meio do Decreto nº. 6949/2009, assumindo o compromisso de assegurar o acesso das pessoas com deficiência a um sistema educacional inclusivo em todos os níveis e de adotar medidas que garantam as condições para sua efetiva participação, de forma que não sejam excluídas do sistema educacional geral em razão da deficiência.

A inclusão educacional é um direito do aluno e requer mudanças na concepção e nas práticas de gestão, de sala de aula e de formação de professores, para a efetivação do direito de todos à escolarização. No contexto das políticas públicas para o desenvolvimento inclusivo da escola se insere a organização das salas de recursos multifuncionais, com a disponibilização de recursos e de apoio pedagógico para o atendimento às especificidades dos alunos público alvo da educação especial matriculados no ensino regular.

Fundamentada nos marcos legais e princípios pedagógicos, da igualdade de condições de acesso à participação em um sistema educacional inclusivo, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) define a Educação Especial como modalidade de ensino transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, que disponibiliza recursos e serviços e o atendimento educacional especializado, complementar ou suplementar, aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação no ensino regular.

Alunos Público Alvo do AEE

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivos, a oferta do atendimento educacional especializado, a formação dos professores, a participação da família e da comunidade e a articulação intersetorial das políticas públicas, para a garantia do acesso dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, no ensino regular.

Os alunos público-alvo do AEE são definidos da seguinte forma:

• Alunos com deficiência - aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem ter obstruído sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade;

• Alunos com transtornos globais do desenvolvimento - aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo síndromes do espectro do autismo psicose infantil;

• Alunos com altas habilidades ou superdotação - aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade.

Professor do Atendimento Educacional Especializado - AEE

Conforme Resolução CNE/CEB n.4/2009, art. 12, para atuar no atendimento educacional especializado, o professor deve ter formação inicial que o habilite para exercício da docência e formação específica na educação especial.

O professor do AEE tem como função realizar esse atendimento de forma complementar ou suplementar à escolarização, considerando as habilidades e as necessidades específicas dos alunos público alvo da educação especial.

As atribuições do professor de AEE contemplam:

• Elaboração, execução e avaliação do plano de AEE do aluno;

• Definição do cronograma e das atividades do atendimento do aluno;

• Organização de estratégias pedagógicas e identificação e produção de recursos acessíveis;

• Ensino e desenvolvimento das atividades próprias do AEE, tais como: Libras, Braille, orientação e mobilidade, Língua Portuguesa para alunos surdos; informática acessível; Comunicação Alternativa e Aumentativa - CAA, atividades de desenvolvimento das habilidades mentais superiores e atividades de enriquecimento curricular;

• Acompanhamento da funcionalidade e usabilidade dos recursos de tecnologia assistiva na sala de aula comum e ambientes escolares;

• Articulação com os professores das classes comuns, nas diferentes etapas e modalidades de ensino;

• Orientação aos professores do ensino regular e às famílias sobre os recursos utilizados pelo aluno;

• Interface com as áreas da saúde, assistência, trabalho e outras.

Salas de Recursos Multifuncionais

O Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais disponibiliza equipamentos, mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos para a organização das salas e a oferta do atendimento educacional especializado - AEE.

FONTE:

Manual de Orientação: Programa de Implantação de Sala de Recursos Multifuncionais.

Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial –.2010



Atenção: Distúrbios, dificuldades e transtornos de aprendizagem não são atendidos no AEE.
DISTÚRBIOS, DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM


Dificuldade de aprendizagem, por vezes referida como desordem de aprendizagem ou transtorno de aprendizagem, é um tipo de desordem pela qual um indivíduo apresenta dificuldades em aprender efetivamente. A desordem afeta a capacidade do cérebro em receber e processar informação prejudicando o processo de aprendizagem. Existem alguns tipos de distúrbios de linguagem dentre eles: Atraso na linguagem, Dislalia, Dislexia, Disgrafia, Disortografia, Discalculia, Linguagem tatibitate, Rinolalia, Gagueira ou tartamudez, Mudez ou mutismo.

A National Joint Comittee for Learning Disabilites (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem), nos EUA, define: [...] distúrbios de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, escrita , raciocínio ou habilidades matemáticas (OMS, 1993). Outros autores como Collares e Moysés (1992), afirmam: Estas alterações são intrínsicas ao indivíduo e presumivelmente devidas à disfunção do sistema nervoso central. Apesar de um distúrbio de aprendizagem poder ocorrer concomitantemente com outras condições desfavoráveis (por exemplo, alteração sensorial, retardo mental, distúrbio social ou emocional) ou influências ambientais (por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos), não é resultado direto dessas condições ou influências (COLLARES; MOYSÉS, 1992, p.32).

Os distúrbios que afetam os alunos principalmente detectados nos primeiros anos da educação infantil são os seguintes:

Afasia (do grego, a+fasia, não falar) é um distúrbio na formulação e compreensão da linguagem.
Uma deterioração da função da linguagem, não causada por dificuldade intelectual.

Dislexia do grego dis- distúrbio, lexis palavra.
É uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração, que pode também ser acompanhada de outras dificuldades, como, por exemplo, na distinção entre esquerda e direita, na percepção de dimensões (distâncias, espaços, tamanhos, valores), na realização de operações aritméticas (discalculia) e no funcionamento da memória de curta duração.
A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado.

Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras, consequentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto.

Dispraxia de organização do movimento. É possível confundir-se, às vezes, com a debilidade motora, pelo qual é necessário um bom diagnóstico. Não há lesão neurológica. É uma disfunção motora neurológica que impede o cérebro de desempenhar os movimentos corretamente. É a chamada "síndrome do desastrado".

Discalculia é definido como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números.
Para ser classificada como discalculia não pode ser causada por problemas na visão e/ou audição. O termo discalculia é usado frequentemente ao consultar especificamente à inabilidade de executar operações matemáticas ou aritméticas, mas é definido por alguns profissionais educacionais como uma inabilidade mais fundamental para conceitualizar números como um conceito abstrato de quantidades comparativas.

Disortografia é a dificuldade do aprendizado e do desenvolvimento da habilidade da linguagem escrita. Esta dificuldade pode ocorrer associada ou não a dificuldade de leitura, isto é, a dislexia.

A Dislalia (do grego dys + lalia) é um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras. Basicamente consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os ordenadamente.
A falha na emissão das palavras pode ainda ocorrer em fonemas ou sílabas. Assim sendo, os sintomas da Dislalia consiste em omissão, substituição ou deformação dos fonemas.

Linguagem tatibitate é um distúrbio de articulação e fonação em que o indivíduo conserva voluntariamente a linguagem infantil .

Rinolalia é a ressonância nasal em grau maior ou menor, que o normal, no ato de falar. Podendo ter como causa problemas nas vias nasais, na adenóide, por lábio leporino ou fissura palatina. Os sujeitos acometidos são chamados de fanhos.

Gagueira ou tartamudez é o distúrbio de ritmo ou disfluência da fala, que envolve em suas causas bloqueios, hesitações, prolongamento e repetições de sons, sílabas ou frases.

Mudez ou mutismo é decorrente de transtornos do sistema nervoso central, atingindo a formulação e coordenação de ideias, ocasionando o impedimento na transmissão de comunicação verbal. Ou seja, o indivíduo não tem a capacidade de articular palavras.

TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem neurológica, que traz consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e outros profissionais capacitados.

E os Distúrbio de Comportamento representados por atitudes da criança que se manifestam em um padrão fora do comum. Dentre eles catalogados temos: Fobia escolar, Agressividade, Medo, Timidez, Agitação, inquietude e instabilidade e TDAH.

É IMPRESCINDÍVEL PROCURAR UM ATENDIMENTO ESPECIALIZADO, O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, POIS O ATRASO NA INTERVENÇÃO PREJUDICARÁ O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA.

O autor Girardelo (2008), apresenta uma orientação para os pais: [...] A maioria das crianças necessita de intervenção psicopedagógica, neuropsicológica e/ou fonoaudiológica e continuar participando das aulas convencionais oferecidas pela escola. Porém, existem casos em que o grau do transtorno exige que a criança passe por programas educativos educacionais individuais e intensivos. Independentemente do caso, é importante que a criança continue a assistir e a participar das atividades escolares normais. Cabe ao profissional que acompanha a criança ou o adolescente realizar contatos de aprendizagem, através da inter-relação dos aspectos exigidos pela escola e do que a criança é capaz de oferecer para suprir tais necessidades. O tratamento farmacológico, associado ao atendimento psicopedagógico, deve ser dirigido por um psiquiatra, ou neurologista, sendo indicado, por exemplo, em caso nos quais as capacidades de atenção e concentração da criança encontram-se debilitadas. (GIRARDELO, 2008, p.1).


Fontes: DSM-IV e CID 10

OMS (Org.) Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

COLLARES, C.A.L; MOYSÉS, M.A.A. A história não contada dos distúrbio de aprendizagem. Cadernos CEDES, Campinas, n.28, p.31-48, 1992.

Educação inclusiva / Flavia Daniele de Souza, Mônica Cintrão Franá Ribeiro, Valéria Campinas Braustein - São Paulo: Editora Sol, 2014.

GIRARDELO, G. Distúrbio de aprendizagem e transtorno escolar. 2008. Gazeta Digital, São Paulo, 5 abr. 2008. Disponível em : <http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/imprimir/secao/60/material/173510>. Acesso em : 6 de agosto de 2013.






ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - AEE
ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO


Um dos grandes clássicos do cinema O Gênio Indomável, retrata de forma oportuna, o grande dilema: A maneira como nosso sistema educacional, vem sendo desenvolvido, por falta de interesse e boa vontade.
E refletindo sobre a situação de centenas de crianças e jovens com Altas Habilidades e Superdotação (AH/SD), que não tiveram ainda, a oportunidade de serem descobertos em suas habilidades. Aqui em nosso Brasil, o descaso com a educação, contribui para o não aproveitamento de gênios mirins. Sem falar na falta de verbas e instituições que irão desenvolver tais potencialidades. Como também a capacitação de profissionais específicos para atuarem na área educacional, oferecendo condições de aquisições, discussões e profundos conhecimentos que favoreçam o desenvolvimento de habilidades e competências para intermediação pedagógica ao lado de crianças no Atendimento Educacional Especializado. No intuito de observarem e fazer o encaminhamento para as instituições, onde ocorreria o aprimoramento de futuros profissionais. Haja vista, a grande carência, tanto na área tecnológica como na cientifica. Por que não tomarmos o exemplo de países desenvolvidos ou de primeiro mundo, onde investimentos são disponibilizados, na criação de programas com tal propósito? A titulo de informação darei um breve comentário ao assunto em questão, contudo se o leitor necessitar de maiores conhecimentos, recomendo a leitura das obras descritas na bibliografia ao final deste artigo.

Segundo as diretrizes Nacionais para Educação Especial – MEC, 2001 – a definição apresenta que considera crianças superdotadas e talentosas as que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade.

As correntes teóricas sobre AH/SD são: A teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner, a teoria da Superdotação dos Três Anéis de Renzulli e a Teoria da Inteligência Emocional de Goleman.

Howard Gardner psicólogo cognitivo norte-americano. Liderou pesquisadores da Universidade de Harvard (USA), na década de 1980. E revolucionou a psicologia cognitiva indo além da noção comum de inteligência como: “capacidade ou potencial geral que cada ser humano possui em maior ou menor extensão.” E ao mesmo tempo não acreditava que a inteligência “possa ser medida por instrumentos verbais padronizados como testes de respostas curtas realizados com papel e lápis.” Sendo assim, Gardner define: “... a inteligência é um potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado em um cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados em uma cultura.”.

Segundo a Teoria das Inteligências Múltiplas elas podem ser agrupadas em oito categorias (Armstrong, 2001, p.14-15):

a) Inteligência verbal ou linguística: a capacidade de usar as palavras de forma efetiva quer oralmente, quer escrevendo.

b) Inteligência interpessoal: a capacidade de perceber e fazer distinções no humor, intenções, motivações e sentimentos de outras pessoas.

c) Inteligência intrapessoal: o autoconhecimento e a capacidade de agir adaptativamente com base neste conhecimento.

d) Inteligência lógico-matemática: a capacidade de usar os números de forma efetiva e de racionar bem.

e) Inteligência musical: a capacidade de perceber (por exemplo, como aficionado por música), discriminar (como um crítico de música), transforma (como compositor) e expressar (como musicista) formas musicais. Esta inteligência inclui sensibilidade ao ritmo, tom ou melodia e timbre de uma peça musical. Podemos ter um entendimento figural ou geral da música (global, intuitivo), um entendimento formal ou detalhado (analítico, técnico), ou ambos.

f) Inteligência espacial: a capacidade de perceber com precisão o mundo visuo-espacial (por exemplo, como caçador, escoteiro ou guia) e de realizar transformações sobre essas percepções (por exemplo, como decorador de interiores, arquiteto, artista ou inventor). Esta inteligência envolve sensibilidade à cor, linha, forma, configuração e espaço. Inclui também, a capacidade de visualizar, de representar graficamente ideias visuais e de orientar-se apropriadamente em uma matriz espacial.

g) Inteligência corporal-cinestésica: perícia no uso do corpo todo para expressar ideias e sentimentos (por exemplo, como ator, mímico, atleta ou dançarino) e facilidade no uso das mãos para produzir ou transformar coisas (por exemplo, como artesão, escultor, mecânico ou cirurgião). Esta inteligência inclui habilidades físicas específicas, tais como coordenação, equilíbrio, destreza, força, flexibilidade e velocidade, assim como capacidades proprioceptivas, táteis e hápticas.

h) Inteligência pictográfica: Habilidade que a pessoa tem de transmitir pelo desenho que faz objetos e situações reais ou mentais.

Outro psicólogo e escritor norte-americano Daniel Goleman, desenvolveu a teoria da Inteligência Emocional. Goleman escreve: "Os padrões emocionais aprendidos podem ser mudados, porque temperamento não é destino". Ele caracterizou mais dois tipos de inteligência:

a) Inteligência naturalista: Capacidade de uma pessoa em sentir-se um componente natural e defender, estudar, pesquisar os fenômenos do ambiente;

b) Inteligência social: As interações sociais moldam o cérebro através da "neuroplasticidade", como se o cérebro fosse sendo moldado a partir das práticas de interação social que estabelecemos.

Na teoria da Superdotação dos Três anéis de Renzulli: “... o comportamento superdotado consiste nos comportamentos que refletem uma interação entre três grupamentos básicos dos traços humanos – sendo esses grupamentos habilidades gerais e/ou específicas acima da média, elevados níveis de criatividade. As crianças superdotadas e talentosas são aquelas que possuem ou são capazes de desenvolver este conjunto de traços e que os aplica a qualquer área potencialmente valiosas do desempenho humano.”.



Habilidade acima da média:

· Habilidade Geral: habilidade verbal, fluência, noção espacial, memória.

· Habilidade Específica: química, matemática, fotografia, jornalismo, astronomia.

Motivação:

· Habilidades não intelectuais.

· Trabalho duro, envolvimento com uma área.

· Auto confiança, ausência de sentimentos de inferioridade.

Criatividade:

· Fluência, flexibilidade, originalidade.

· Originalidade de pensamento e utilização de abordagens inovadoras.

· Capacidade de deixar convenções de lado quando apropriado.

· Busca formas novas de se fazer algo.


Objetivos da Educação das crianças com AH/SD.

1- Ajudar no desenvolvimento da criança que apresenta traços de altas habilidades, realização pessoal e aproveitamento de suas potencialidades.

2- Oportunizar crianças que tem a possibilidade de contribuições relevantes para a sociedade.

Traços comuns do aluno que apresenta Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD).

Embora seja um grupo altamente heterogêneo, é importante considerar que nem todos os alunos vão apresentar todas as características aqui listadas, sendo algumas mais típicas de uma área do que de outras, conforme ressaltam Alencar e Fleith (2001).

· Grande curiosidade a respeito de objetos, situações ou eventos, com envolvimento em muitos tipos de atividades exploratórias;

· Auto-iniciativa tendência a começar sozinho as atividades, a perseguir interesses individuais e a procurar direção própria;

· Originalidade de expressão oral e escrita, com produção constante de respostas diferentes e ideias não estereotipadas;

· Talento incomum para expressão em artes, com o musica, dança teatro, desenho e outras;

· Habilidade para apresentar alternativas de soluções, com flexibilidade de pensamento;

· Abertura para realidade, busca de se manter a par do que o cerca, sagacidade e capacidade de observação;

· Capacidade de enriquecimento com situações-problema, de seleção de respostas, de busca de soluções para problemas difíceis ou complexos.

· Capacidade para usar o conhecimento e as informações, na busca de novas associações, combinando elementos, ideias e experiências de forma peculiar;

· Capacidade de julgamento e avaliação superiores, ponderação e busca de respostas lógicas, percepção de implicações e consequências, facilidade de decisão;

· Produção de ideias e respostas variadas, gosto pelo aperfeiçoamento das soluções encontradas;

· Gosto por correr riscos em varias atividades

· Habilidade em ver relação entre fatos, informações ou conceitos aparentemente não relacionados, e

· Aprendizado rápido, fácil e eficiente, especialmente no campo de sua habilidade e interesse.

Entre as características comportamentais dos alunos com Altas Habilidades e Superdotação (AH/SD), pode-se ainda ser notado, em alguns casos:

· Necessidade de definição própria;

· Capacidade de desenvolver interesses ou habilidades especifica;

· Interesse no convívio com pessoa de nível intelectual similar;

· Resolução rápida de dificuldades pessoais;

· Aborrecimento fácil com a rotina;

· Busca de autenticidade e originalidade;

· Capacidade de redefinição e de extrapolação;

· Espírito critico capacidade de analise e síntese;

· Desejo pelo aperfeiçoamento pessoal, não aceitação de imperfeição no trabalho;

· Rejeição de autoridade excessiva;

· Fraco interesse por regulamento e normas;

· Senso de humor altamente desenvolvido;

· Alta-exigência;

· Persistência em satisfazer seus interesses e questões;

· Sensibilidade às injustiças, tanto em nível pessoal como social;

· Gosto pela investigação e pela proposição de muitas perguntas;

· Comportamento irrequieto, perturbador, importuno;

· Descuido na escrita, deficiência na ortografia;

· Impaciência com detalhes e com aprendizagem que requer treinamento;

· Descuido no completar ou entregar tarefas quando desinteressado.

ATENÇÃO:

Em alguns casos a criança com AH/SD traz consigo um grande transtorno comportamental (Interpessoal e Intrapessoal). Em consequência de situações constrangedoras e maus tratos ocorridos no período da infância. Mas, as Teorias Psicológicas do Desenvolvimento nos dão respaldo para diagnosticar esses desvios. Estes problemas surgem no decorrer da educação. Os agravantes são as influências negativas, recebidas pelo sujeito no desenvolvimento infantil psicossocial. Quem afirma tal parecer é Freud. Aos educadores torna-se importante entender como se da à estruturação da personalidade no individuo. Como também saber intervir para evitar sequelas na estruturação da personalidade do ser humano.. Freud também relata que o aluno transfere (Relações de transferência) para o professor, sentimentos carinhosos ou agressivos, de sua relação com os pais. Precisamos estar atentos. Pesquisar o contexto socioeconômico que o aluno esta inserido, é uma ótima tática. Assim, teremos condições de repensar a maneira adequada de tratá-los racionalmente e com conhecimento de causa. Porém, somente o professor com formação apropriada, estará apto para diagnosticar tais comportamentos.

Wallon cria a psicogênese da pessoa completa. Estudando as dimensões: Emocional (afetividade), Cognitiva (inteligência) e Motora (movimento). Ele adverte que no estagio Impulsivo Emocional (0 a 1 ano), a predominância funcional é a afetiva. Portanto cuidados redobrados devem ser dispensados, pois se houver um distanciamento do afeto da mãe, poderá gerar turbulências. As mesmas afetarão diretamente o desenvolvimento cognitivo e motor da criança. No estágio do Personalismo (3 a 6 anos), Wallon considera o período mais importante no desenvolvimento da personalidade da criança. Qualquer distúrbio grave provocara sequelas no comportamento social na fase adulta. A educação infantil deve ocorrer de maneira saudável. Pois as características da personalidade serão formadas no estágio do Personalismo.

O funcionamento psíquico pode ser fruto direto das influências educativas recebidas pelo sujeito. É sábio desenvolver estratégias para solucionar os desvios, desajustes e distúrbios que ocorram no processo. Assim, quantos problemas emocionais, cognitivos, motores e sociais seriam minimizados na construção social do aluno. Para que possamos, de fato realizar uma inclusão social, dando oportunidades a todos. Independente de sua classe social.

Quanto ao papel da escola e professores, imprescindível diagnosticar tais casos e encaminha-los a instituições e universidades, onde suas potencialidades possam ser desenvolvidas, segundo suas habilidades adequadamente. Caso contrario os sujeitos com AH/SD, podem seguir o rumo da criminalidade. Aspecto amplamente amparado por estudos e pesquisas médicas. Atenção: Somente professores qualificados com formação específica em Atendimento Educacional Especializado - AEE, terão condições de observar e diagnosticar os exemplos de perfil das Altas Habilidades/Superdotação - AH/SD.


BIBLIOGRAFIA:

Altas Habilidades/Superdotação: Encorajando Potenciais. MEC – Secretaria de Educação Especial; Brasília – DF – 2007.

Saberes e Praticas da Inclusão: MEC – Secretaria de Educação Especial. Brasília – DF – 2006.

Teorias Psicológicas do Desenvolvimento. / Mônica Cintrão França Ribeiro – São Paulo: Editora Sol. 2011.

ARMSTRONG, Thomas. Inteligências múltiplas na sala de aula. Prefácio Howard
Gardner. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.



Por Rizovaldo Costa Miranda - Graduando em Pedagogia/UNIP
E-mail: mirandalibrassemfronteiras@yahoo.com.br

quarta-feira, 23 de junho de 2021

A violência escolar no Brasil

A escola é, sobretudo, um local dedicado completamente à educação dos jovens. Porém, a cada dia tem se tornado, também, um palco de intolerância e violência. Esse não é um problema novo. Há muito tempo essas instituições deixaram de ser portos seguros. O que antes era tratado como uma questão disciplinar, atualmente é vista como delinquência juvenil, chegando próximo à criminalidade. Por isso, é fundamental que os próprios locais de ensino e as famílias dos jovens se façam, intensamente, presentes na vida do aluno.

Em primeiro lugar, é importante destacar de que forma esse tipo de violência se propaga em um meio tão estranho à sua existência. Apesar da proibição, por lei, do uso de celulares em sala de aula, a presença exagerada desses meios nos colégios pode ser um agravador nos atos violentos. Hoje, essa é uma das questões mais polêmicas.

Talvez o aparelho seja um dos maiores disseminadores dos atos de violência escolar no Brasil, já que com ele é possível gravar e propagar brigas, além de incentivar intrigas e rachas dentro de sala, até mesmo na questão do cyberbullying.

Outro fator determinante para a violência nas escolas é a segurança que o aluno sente nesse ambiente. Se identificar com os professores, se sentir amparado e manter boas relações com os colegas é primordial para que isso não ocorra. Muitas vezes, o distanciamento criado entre aquele que dá aula e o que a vê pode alimentar essa agressividade, além da ideia de concorrência, investimento de muitos colégios.

Atualmente, são inúmeros os casos de estudantes violentando seus mestres, seus próprios colegas e até destruindo o patrimônio escolar – seja ele público ou privado -, o que pode ser reflexo direto dessa falta de proximidade entre o aluno e o ambiente em que está – ou deveria estar – inserido.

Torna-se evidente, portanto, que a violência escolar no Brasil, tem causas e consequências graves, sendo necessário que medidas urgentes sejam pensadas a fim de minimizar ou até resolver esse problema. Dessa maneira, para a retração desse cenário, pode-se pensar em uma redefinição das regras do uso de aparelhos celulares em sala, por parte da escola e, também, em uma conversa com os próprios pais.

Além disso, é fundamental a orientação, da família, das instituições e dos próprios alunos, por especialistas em psicologia escolar. A psicopedagogia pode ser utilizada para que os estudantes se sintam à vontade com o diálogo, com a construção de relações de empatia para com seus colegas e com o ambiente em que passam a maior parte do seu tempo. Só assim, revendo regras e debatendo ideias, será possível fazer do ambiente escolar um verdadeiro aprendizado para a vida em sociedade e não um propagador de atitudes violentas.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Dia Mundial da Educação.

 Hoje (28/4) é comemorado o Dia Mundial da Educação. A data é celebrada há mais de 20 anos, desde que foi organizado o Fórum Mundial de Educação de Dakar, no Senegal. Durante o Fórum, 164 nações assinaram um documento e firmaram o compromisso de investirem em políticas públicas para educação básica.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Dia Nacional do Samba - 02 de Dezembro

 Dia 2 de dezembro é o Dia Nacional do Samba e você sabia que o presidente Wenceslau Braz, nascido em Brazópolis e falecido em Itajubá, tem um papel na história deste ritmo tão brasileiro?

No começo do Século XX, o samba se desenvolvia sobretudo na região central do Rio de Janeiro, ligado sempre aos terreiros das religiões africanas, do qual o mais famoso foi o da casa da baiana Tia Ciata na Praça Onze.

O quintal de Tia Ciata, no coração do centro carioca, era reduto da música, da fé e da resistência. A casa de Ciata era frequentada por negros, mestiços e brancos, pobres e ricos para festejarem, cantarem e dançarem samba de roda.

Entretanto, as festas na casa de Ciata eram marginalizadas e recebiam visitas constantes da polícia. A polícia mandou por várias vezes fechar a casa da mãe de santo.

Até o dia que sua vida cruzou com a do presidente da República Wenceslau Braz.

O chefe do executivo estava adoentado em virtude de uma ferida na perna que os médicos não conseguiam curar. Um investigador, que já havia sido curado por Tia Ciata, pediu um remédio para sarar a enfermidade do político.

Em uma sessão em seu terreiro, Tia Ciata disse haver cura para a tal ferida e recomendou a Wenceslau Braz que fizesse uma pasta com ervas que deveria ser colocada por três dias seguidos. O Presidente ficou curado e em troca ofereceu a realização de qualquer pedido.

Além de um serviço para o marido, Ciata requisitou ao político que intervisse para evitar as várias interrupções policiais durante as rodas de samba organizadas em sua residência.

Assim, o presidente passou a proteger a casa de Ciata e enviava dois soldados para ficarem na porta, enquanto aconteciam as festas. Em 1916, o samba encontrou terreno e liberdade para o desenvolvimento como música popular.

Foi naquele quintal festivo que Donga compôs Pelo Telefone. Em 27 de novembro de 1916, ele registrou sua composição como “samba carnavalesco” na Biblioteca Nacional. Era o primeiro samba registrado e gravado na História do País.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

sexta-feira, 26 de junho de 2020

O QUE É HISTÓRIA? 6º ANO

FALA AE GALERINHA TOP DAS GALÁXIAS... BORA REVISAR?