O continente africano caracteriza-se
pela diversidade cultural. A História desse continente é rica e esta
intimamente ligada à História do Brasil. Os africanos, trazidos para nosso país
como escravos, entre os séculos XVI e XIX, enriqueceram a cultura brasileira
com seus costumes, rituais religiosos, culinária, danças e muito mais. Somente
no século XIX, com o movimento abolicionista, os negros ganharam a liberdade
com a assinatura da Lei Áurea (1888).
Mas temos muito para conhecer da
cultura e de líderes negros como Zumbi, que lutou por um ideal digno de uma
vida melhor para seu povo. Importante também é resgatar a história e a cultura
dos povos que habitaram o continente africano. A vida em sociedade, os rituais
religiosos, as máscaras, organização social e a rica mitologia africana.
Nas escolas e nos livros, costumamos
estudar apenas a história de um povo africano: os egípcios. Porém, na mesma
época em que o povo egípcio desenvolvia sua civilização,
outros povos africanos faziam sua história. Conheceremos abaixo alguns destes povos e suas principais
características culturais.
O POVO BÉRBERE
Os bérberes eram povos nômades do deserto do
Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de
água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio.
Costumavam comercializar diversos produtos, tais como : objetos de ouro e
cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc.
Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar.
Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência
deste animal e de sua adaptação ao meio desértico.
Durante as viagens, os bérberes
levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema
importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.
OS BANTOS
Este povo habitava o noroeste do
continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia
e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam
também da caça e da pesca.
Conheciam a metalurgia, fato que deu
grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar
um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do
continente.
Viviam em aldeias que era comandada
por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de
todas as tribos que formavam seu reino.
O manicongo gastava parte do que
arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua
proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o
maniconco possuía poderes sagrados e que influenciavam nas colheitas, guerras e
saúde do povo.
OS SONINKÉS E O IMPÉRIO DE
GANA
Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.
Viviam da criação de
animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas
de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do
deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de
intenso comércio.
Os habitantes do império
deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes
e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que
era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir
com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.
Um comentário:
a leitura não segue junto ao tema, focaram na influencia africana no nosso pais e não no paradigma do proprio pais
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